O que restará na nossa velhice?
Entre agulhas de tricô, jornais e baralhos,
Vejo imperando, maior que tudo,
O silêncio!
O futuro já feito, dispersado.
O passado ressuscitado
Me faz companhia,
E o presente…
Esta ausência do diálogo…
É o conviver constante com o tempo
Que ocupa todos os espaços
E decide não mais sair do lugar,
Prolongando o tique-taque do relógio.
Ah! O que me assusta
Não são as rugas,
O corpo arqueado,
E o espelho denunciando
Uma terceira pessoa em mim.
O que me inflama
É a eterna busca
Do aconchego,
Do murmúrio de palavras
Que trazem o eco do outro,
Do estalo das risadas
Ferindo o ar.
É o estar só em meio ao povo,
É cada um buscando um lugar
Longe
Para não ter de dividir palavras
E deixar os ouvidos de plantão.
O que me assusta na velhice
É o isolamento,
A falta de acasalamento,
É o ensaio para a solidão derradeira!
Puxa… Muito bom memso, viu? Bom & bom! Quem não se assusta com o que estar por vir? Mas não conhecemos ainda e nem sabemos como lidar até que o desconhecido se revele em nosso dia a dia…
Adorei e já linkei esta tua página lá no meu espaço.
Obrigada pelo carinho e atenção, Cris. Beijos.
thxx
thx