VEREDAS

Olhe só, seu moço,

a história que vou contar:

como jagunço, busquei

a justiça realizar,

não sabia que o destino

uma peça ia me pregar.

 

O amor foi me encontrar

no amigo Diadorim,

mais que grande guerreiro

era o espelho de mim.

 

Foi invasão a paixão

que de mim se apoderou.

Querendo negar esta febre,

mais febril, ela me deixou.

 

E vi em Diadorim

a mulher que queria pra mim:

dedos finos, traços doces,

mas sorriso de Arlequim.

 

E, por fim, eu fui vencido

pela vida traiçoeira:

mataram Diadorim,

não O, mas A guerreira.

 

Termino esta história, seu moço,

com o pesar do meu preconceito:

tivesse desatrelado o amor,

teria eu amado direito.

 

Mas fica a lição do sertão

de ser tão belicoso:

vedando o coração,

“viver é perigoso!”.

 

 

 

 

 

6.145 thoughts on “VEREDAS

  1. What i do not understood is actually how you’re not actually much more well-liked than you might be now. You are so intelligent. You realize thus considerably relating to this subject, produced me personally consider it from a lot of varied angles. Its like women and men aren’t fascinated unless it’s one thing to do with Lady gaga! Your own stuffs excellent. Always maintain it up!

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado.

Website