Eu e Florbela

Venha cá, Florbela,

vamos conversar.

De onde você tirou estes versos

tão amargos, tão tristes e tão fortes?

Como sabe você,

que ando perdida, que não tenho norte,

que sou a irmã do sonho e desta sorte,

e que sou a crucificada, a dolorida?

Sombra de névoa tênue e esvaecida,

que o destino impele brutalmente

para a morte?

Que sou aquela que passa

e ninguém vê,

que sou a que chamam sem o ser

e a que chora sem saber por quê?

Você acertou, porque

sou, sim, a visão

que alguém sonhou.

Alguém que veio ao mundo pra me ver,

mas que NUNCA na vida me encontrou!

 

(Versos do soneto “EU”, da saudosa poeta portuguesa Florbela Espanca)

8.748 thoughts on “Eu e Florbela

  1. Cooking mishaps are the culinary equivalent of a science experiment gone wrong. From burnt cookies to exploded soufflés, these kitchen disasters remind us that even the best recipes can go awry—and that sometimes, takeout is the best option. — Stella Young @ bohiney.com

  2. Language barriers are the humorous reminders that communication isn’t always easy. From mispronunciations to misunderstandings, these moments often lead to laughter and a deeper appreciation for the diversity of human expression. — Suzy Nakamura @ bohiney.com

Deixe uma resposta para Aisha Muharrar Cancelar resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado.

Website